terça-feira, 15 de junho de 2010

Vercillo : Correio Web

Jorge Vercillo lança oitado disco da carreira

por Rosualdo Rodrigues



Jorge Vercillo deve vir a Brasília logo depois da Copa do Mundo:

Parece que foi ontem e lá se vão 16 anos desde que Jorge Vercillo lançou o primeiro álbum, Encontro das águas, embora muita gente só o tenha conhecido a partir de 2002, com o sucesso Que nem maré. Agora, ele lança o oitavo disco de estúdio, DNA, o primeiro pela Sony, o qual ele considera a reafirmação de uma nova fase. Além das participações de Milton Nascimento (Há de ser) e Ninah Jo (Memória do prazer) — “uma cantora paraense que vive no Rio e de quem sou admirador” — , DNA traz uma parceria de Vercillo com o angolano Felipe Mukenka (com parte da letra em kimbundo), cujos direitos autorais serão revertidos para um projeto educacional desenvolvido pelo governo angolano. No momento, Jorge Vercillo está na estrada com o show baseado no disco, que, segundo ele, trará a Brasília logo depois da Copa do Mundo.

O que DNA tem de diferente dos seus outros discos?
Acho que ele é um aprofundamento na minha linguagem, na minha poética. Uma continuidade do anterior, Todos nós somos um (2007), que foi bem recebido pela crítica. E também é uma reafirmação de uma nova fase minha. Como todos os discos meus, reflete meu momento, são músicas diferentes… Estamos sempre evoluindo.

A mudança de gravadora afetou de alguma forma sua música?
De maneira alguma. Compus num período anterior à transferência, o repertório estava formado. Tive toda liberdade por parte da direção artística, o prazo e as condições que queria, pude testar e retestar. Acho que a diferença é mais na divulgação, porque na gravadora o marketing é mais presente. Quando comecei, tive muita dificuldade para mostrar minha música. Só a partir de Final feliz (do terceiro disco, Leve) é que teve início todo o processo. Aí veio o sucesso de Monalisa, Que nem maré…

Participações especiais costumam aparecer ao longo do disco. Por que escolheu o dueto com Milton Nascimento (Há de ser) para abrir DNA?
Não me guiei pelo critério de participação ou não. Mas pelo critério das músicas, num caminho prazeroso, em que elas podiam ir se revelando.

Memória do prazer é uma parceria com sua mulher, Gabriela. Costumam compor juntos?
Foi a primeira música que ela fez. Gabriela não é não é compositora, mas a ajuda que ela deu, neste caso, foi grande demais para ser considerada apenas uma colaboração. Daí resultou a parceria.

O romantismo de suas músicas é ficcional ou vem de experiências próprias?
Não diria que sou romântico, considero-me mais lírico, pela metáforas, pelas palavras que uso. Romântico acaba tendo uma conotação mais popular. Para mim, tem mais a ver com Roberto Carlos, Fábio Jr…. Minha leitura é mais lírica, mas o amor acaba sendo abordado em pelo menos 98% da música que todo mundo produz. Procuro não me deter no amor a dois. Já cantei o amor pela humanidade, pela natureza, o amor homossexual…

2 comentários:

  1. É bom perceber que nessa entrevista Jorge focou nos temas sobre a carreira, novo disco, evitou dar tanta ênfase à ufologia - nada a ver com preconceito - e sendo anafalbeta sobre o assunto, penso que mesmo ele vivendo um momento alto e positivo de sua carreira, tendo um público ecumênico ( e mais ainda por este motivo), precisa ter cautela ao abordar e defender um tema que não é novo, todos conhecem, mas ainda é rodeado de tantos tabus.

    Recadinho pra Jhorge:
    Quem sou eu para dar pitacos em sua vida, heim??
    Quero só esclarecer que não tenho nada contra et´s e não recrimino o fato de querer difundir o assunto, é meramente uma opinião de fããã e amizade continua a mêrma!!

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  2. Concordo com o que a Cláudia disse, uma coisa é o Jorge Cantor outra é o Jorge pessoa.
    Não acho legal esse papo de externar crenças, é estereotipar demais uma coisa que é tão linda, suas musicas.

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