Artista lança álbum inspirado em escritora russa Helena Petrowski Blavatsky.
Raquel Reckziegel/Da Redação - 17/11/2011 - 09:36 |
Vercillo, o CD, com 12 canções, acabou caracterizando-se como um trabalho temático sobre busca pessoal. "Muita gente tem uma fase de mundo de busca interior e ela [Helena] escreve sobre isso, sobre teosofia. Tem a ver com isso: espiritualidade sem religião", conta.
O álbum conta com canções que remetem à natureza e que questionam determinados
aspectos da sociedade. Com versos como "Explica a nossa apatia ao ver a Amazônia inteira acabar...", Como Diria Blavatsky reúne mais do que uma junção de notas musicais: é uma crítica social a temas como o conceito de posse e a hipocrisia. Para falar sobre a produção, Vercillo deu um pulo na redação do Bah! munido com um violão e muita história para contar. Confere aí:
Bah! - De onde veio, exatamente, o nome do teu novo CD?
Jorge Vercillo - É inspirado em uma escritora russa, Helena Petrowski, que dá, também, o nome à canção Como Diria Blavatsky. Sempre quis ter um CD que tivesse título de livro.
Bah! - Em que te inspirastes para compor essas novas canções?
Jorge - As músicas tratam de uma busca pessoal. Acabou ficando um álbum temático, foi acontecendo. Trata da evolução da consciência. Rio Delírio, por
exemplo, fala dos caminhos da humanidade, antes e pós-socialismo, guerra civil... Fala um pouco da violência do tráfico, também. A linguagem musical é
bem diversa: samba, jazz, bossa nova e até balada rock, como Me Leva a Sério.
Tem também pop rock dançante...
Bah! - Como definirias esse álbum?
Jorge - Ele foi um mergulho mais profundo na relação com o público. Talvez quem olhe de fora não entenda, mas, como artista, cumpro essa função importante de inspirar as pessoas com a música. As canções são o espelho do que vivo e podem ser o espelho do mundo.
Bah! - Já começastes a turnê de Como Diria Blavatsky?
Jorge - Estreei com um show no Rio no dia 29 de outubro. Foi bem legal. Também participei do DVD do Buchecha, que foi um mix de estilos diferentes, bem bacana.
Bah! - Gostas de fazer essa mistura?
Jorge - Sim, arte e música conseguem juntar coisas como credos, pessoas, religiões diferentes. É muito bom. Passei por elevações musicais diferentes durante minha carreira e quero viajar com essa turnê pelo país.
Bah! - Rola um show aqui pelo Rio Grande do Sul?
Jorge - Sim, quero vir para Porto Alegre no ano que vem. Deve acontecer no primeiro semestre.
Bah! - Para finalizar, muitos jovens têm vontade de criar uma banda ou seguir
no ramo da música. Qual o conselho que podes dar para essa galera?
Jorge - Aconselho que, acima da fama, desse encantamento que ela traz, que tenham amor pela música. Ajuda nos momentos difíceis. A gente evolui como compositor, como músico. Música é muito bom, equilibra as energias. Começou como um hobby e depois vi que poderia trabalhar com isso.
Foto: divulgação
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