Por Thaiane Silveira | Música | 20/10/2011, 17h16
Fonte: http://www.sidneyrezende.com
Em entrevista exclusiva ao SRZD, o cantor Jorge Vercillo falou sobre o seu novo disco, "Como diria Blavatsky", e toda a mistura de ritmos que envolve o novo trabalho que vai do samba ao rock.
"Acho que todos os meus discos já trazem essa diversidade, acho que
já é uma característica minha mesmo. Eu adoro reggae, mas ouvir um disco
inteiro de raggae me enche o saco. Adoro samba, mas ouvir um disco
inteiro de samba também não é a minha", explica o cantor ressaltando que
busca sempre a diversidade em sua carreira.
"Busco na minha vida viver a
totalidade ao mesmo tempo sendo um só", completa.
Este é o primeiro disco de Jorge Vercillo que traz três músicas de
samba e bossa nova, como também três canções com flerte com rock. "Eu me
renovei um pouco. Conseguir me renovar a nível de melodia e harmonia
que costumo fazer, principalmente por essas duas músicas lidarem com um
universo diferente do meu que é o rock", disse o cantor em referência as
faixas "Me Leve a Sério" e "Eu Quero a Verdade".
Com as novidades do novo CD, ele se sente "bastante motivado". E
novidades neste trabalho não faltam, este também é o primeiro disco que o
cantor lança por seu selo próprio, o Leve, em parceria com a
distribuidora Posto 9.
Questionado, Jorge Vercillo não descartou a possibilidade de voltar a
antiga gravadora, a Sony, e diz-se grato às casas que frequentou no
início da carreira. "Fiquei mais de dez anos na EMI e sou super grato a
EMI, e sou super grato a Sony", disse o cantor que optou por lançar o
próprio selo tendo em vista melhores possibilidades.
"Comecei a ver que eu sozinho já tinha um estúdio e mais estrutura
para divulgar a minha carreira que a Sony, que tem 30 ou 40 artistas",
conta o cantor. "Mas torço muito por essas pessoas e sou muito grato às
casas que frequentei", reafirma.
"Acontece que o governo brasileiro e vários governos pelo mundo jogam
uma carga tributária de impostos muito grande em cima das gravadoras,
mas não cumpre todos os papéis dele e as funções que tem", disse
Vercillo explicando um dos motivos de sua saída da Sony. "As gravadoras
pagam um imposto altíssimo e o governo não faz a parte dele que é coibir
a pirataria. Com isso você vê os recursos de uma gravadora se
minguando, o que é uma pena", completa afirmando que espera que sejam
criadas legislações e mecanismos para se fazer um download pago, fácil,
barato e rápido.
Ele acredita que desta forma as gravadoras e o mercado possam voltar a
crescer de forma mercadológica tão bem ou melhor que no passado.
Mas
o cantor não apenas mudou de selo tentando coibir a pirataria por conta
própria e seguir com sua carreira independente. Ele contou também ao SRZD,
que mantém seu novo disco a um preço acessível e "tem um plano de
lançar em um pen drive mais barato e com conteúdos", contou depois de
rir lembrando quando lhe foi oferecido um pen drive a R$ 70. "Imagina um
pen drive de 70 reais, a pessoa compra um a vinte e baixa toda a minha
carreira", comentou entre risos.
Além de revelar os planos de lançamento do disco, ele também nos
contou sobre o cenário do seu show. "Estou vindo completamente orgânico.
Meu show vai ter cenário de um templo que tem a ver com o universo da
teosofia em busca de espiritualidade através de uma escola iniciática,
não através de religião", revela.
Ele disse que será o momento para as pessoas buscarem
autoconhecimento, "mas não se passando pelos dogmas religiosos, e sim
pela intuição e percepção".
E ainda nos adiantou que no show de lançamento do disco estarão
presentes os hits "Ela une todas as coisas", "Homem-Aranha", "Final
Feliz", "Que nem maré", "Monalisa" e ainda "Oração Yoshua", de seu
segundo disco, "Lado B".
Fotos: divulgação.
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