domingo, 16 de maio de 2010

Mais sobre o DNA - Jorge Vercillo - Diário de SP

Por mais de 15 anos de carreira, Jorge Vercillo ouviu críticas a seu trabalho. Hoje, lançando seu oitavo disco, “D.N.A.”, ele acredita que é hora de deixar de lado os bons e maus comentários e para agradar apenas quem já o fez vender mais de 1,5 milhão de discos: o público.

Com o novo trabalho, o cantor marca sua estreia na gravadora Sony Music e diz viver uma fase mais segura para lidar com o que dizem sobre ele. “Ultimamente, tenho preferido não me apegar. Para mim, a crítica é como a personagem da Natália do Vale em ‘Viver a Vida’. É um mal necessário, só para dar um tempero na história”, disse Vercillo em entrevista ao DIÁRIO, no Rio. “Eu nunca recebi um comentário que me prejudicasse ou que fizesse muita diferença na minha carreira. Cada um tem um gosto, não posso exigir que seja diferente.”

É bom Vercillo estar nesta fase mais zen, porque de cara ouviu comentários sobre sua iniciativa de incluir um faixa-a-faixa e um glossário no encarte do disco. “Já disseram que estou subestimando os meus fãs com isto. Que bom! Sinal de que tenho um público conceituado”, assinala o cantor. “A ideia foi trazer de volta o prazer que a gente tinha de manusear o encarte de um vinil. Queria que as pessoas pensassem: ‘Que legal que tenho um CD original’.”

Foi no aconchego de sua casa – ele montou um estúdio no quintal – que o carioca produziu, ao lado de Paulo Calasans, as 12 faixas do trabalho. “Deve Ser”, que estava na trilha de “Viver a Vida” (errata da reportagem, já modificada, aqui, pela autora deste blog: Bia), da Globo, entra como bônus. Assuntos mais profundos e melodias mais densas, algumas ligadas a questões holísticas, esotéricas e ufológicas, marcam o trabalho.

O samba, que ganhou destaque no anterior “Trem da Minha Vida”, volta ao repertório. Pela primeira vez, o músico usa cavaquinho, surdo, violão de sete cordas e a formação original de samba num disco. E como “D.N.A.” é uma tentativa de Vercillo mostrar sua identidade, ele chamou como reforço a própria mulher, a psicóloga Gabriela Vercillo. Ela estreia como compositora em “Memória do Prazer”. Milton Nascimento, que o cantor considera como sendo da família, também empresta a voz em “Há de Ser”. Ficou tudo em casa mesmo.

http://www.diariosp.com.br - Por Paola Correia

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