quarta-feira, 12 de maio de 2010

Reportagens e comentários sobre o DNA

“D.N.A”, oitavo disco de estúdio do carioca Jorge Vercillo, chegou às lojas de todo o país em abril. Com 12 faixas (13, já que “Deve Ser” entra como bônus), o álbum pode ser definido como um trabalho que agrupa estreias ao mesmo tempo em que revisita o início da carreira do cantor e compositor.

É o primeiro lançado pela “Sony”, foi gravado no recém-montado estúdio Poeta Paulo Emílio (que fica na casa de Jorge), traz a primeira parceria do artista com o ídolo Milton Nascimento e marca o debute de instrumentos como cavaquinho, surdo e violão de sete cordas em um registro de Jorge Vercillo.

“Trabalhar em casa traz inúmeras vantagens, como poder organizar meu cronograma e usar o tempo a meu favor. Tive a chance de esmiuçar minha interpretação de música para música; em uma minha voz soa mais aguda, em outra mais grave. Está uma delícia”, explica Jorge Vercillo.

A faixa escolhida para abrir “D.N.A” é “Há de Ser”, justamente a parceria entre Jorge e Milton Nascimento. “Acho que fica clara a influência de Milton na minha música. Ela é dramática, pesada e, ao mesmo tempo, dócil”, comenta Jorge. Outra parceria que merece atenção está em “Memória do Prazer”, gravada em conjunto com Gabriela Vercillo, esposa do cantor, e que se deu “por uma casualidade”. “Eu ficava dedilhando a música no violão e cantarolando, então a Gabriela começou a dar ideias e foi se envolvendo. Nada premeditado. Tenho agora a felicidade de poder apresentar um pouco do grande talento dela”.

O primeiro single do disco é “Me Transformo em Luar”, que possui uma sonoridade mais rhythm & blues. “Quis voltar ao início, soar como quando comecei”, conta o músico. Já engatilhada também está “Arco-Íris”, faixa com um quê de samba funkeado – parceria entre Vercillo e Filó Machado. “Ele [Filó] é um músico muito sofisticado e agora brinca dizendo que finalmente vai tocar nas rádios [risos]”.

Porém, há dois pontos em “D.N.A” que não remetem à música necessariamente, mas que são dignos de destaque: o encarte e o preço. Feito de papelão (com exceção do suporte específico para o disco), o caderninho que habitualmente tem apenas a ficha técnica e as letras das músicas oferece ao fã um glossário especial para cada faixa e comentários do próprio Jorge Vercillo acerca das composições. “A ideia foi minha, porque quis reviver aquela aura do vinil, de ser possível degustar o trabalho, de quem comprar preferir ter o disco em mãos do que um download no computador”, aponta Jorge. E se depender do preço, R$ 19,90, o músico tem grandes chances de lograr sucesso.

Aproveitando o gancho, Jorge diz que não teme as transformações no mercado fonográfico. “O mundo capitalista está passando por uma crise. Estamos saindo da Era de Peixes e entrando na Era de Aquário. Cabe às gravadoras encontrar uma maneira de lucrar com os downloads, mas isso não é algo que me assusta”, desabafa.


Fonte: http://www.abril.com.br

Nenhum comentário:

Postar um comentário

gostou? comenta aí!! bjos!